quinta-feira, 26 de julho de 2012

Medo é o principal fator inibidor do uso da bicicleta como transporte




Foi publicada este mês uma pesquisa sobre os principais motivos que estimulam ou inibem o uso da bicicleta como meio de transporte na cidade de Porto Alegre. O público-alvo do estudo foram os alunos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Ao todo, foram 1.136 respondentes, a maioria (64%) deles com até 24 anos de idade. Entre os respondentes, 65,4% possuem ou têm acesso a bicicleta e 67,8% possuem ou têm acesso a carro ou moto.
As principais finalidades apontadas pelos estudantes que usaram a bicicleta nos últimos seis meses, estão relacionadas a Lazer/Recreação (45,9%), Meio de Transporte (45,1%) e Esporte (9%). Para eles, o principal fator que motiva o uso da “bici” é o fato de essa ser uma prática saudável. Outros fatores motivantes para o uso estão relacionados ao fato de a bicicleta ser um transporte menos poluente e mais barato que os demais, além de contribuir para um trânsito melhor.
Já entre os estudantes que afirmaram não ter usado a bicicleta nos últimos seis meses (68,8% do total de respondentes) o principal motivo para não-uso da bicicleta é o medo de acidentes, seguido pelo medo de assaltos. Outros fatores inibidores do uso também estão relacionados à falta de segurança: carência de ciclovias/ciclofaixas e de locais para estacionar as bicicletas. Uma observação interessante é que relevo e clima não foram considerados entre os principais inibidores do uso.
Para aqueles que não usam a bicicleta, os principais fatores que poderiam influenciá-los a usar são o respeito ao ciclista no trânsito e o aumento da malha cicloviária na cidade. Também foram levados em conta a melhoria da infraestrutura da cidade; como maior oferta de bicicletários/paraciclos, integração com outros modos de transporte e existência de estações de empréstimo/aluguel de bicicletas.
Para o pesquisador Luiz Augusto Ritta, além dos aspectos de infraestrutura cicloviária, a imagem percebida sobre o uso de bicicletas também tem espaço para ser trabalhada com maior intensidade na cidade  de  Porto  Alegre.

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